Método Experimental (Watson)

O método experimental foi adoptado pelos behavioristas, assumindo este método então um papel privilegiado para o conhecimento do comportamento humano e animal.
Este método é caracterizado por uma aplicação limitada e redutora a certas áreas da investigação, tais como fisiologia, aprendizagem, memória, percepção e psicologia social.
Para a realização de uma actividade experimental, o experimentador deve de ter atenção alguns aspectos, bem como a elaboração de um plano, que o guiará durante toda a actividade experimental. Para tal a actividade experimental esta dividia em diversas etapas: hipótese prévia, experimentação, e generalização dos resultados.

• Hipótese Prévia:
Esta etapa serve como meio de apoio, que guiará a observação do experimentador, bem como na determinação de todas as técnicas a utilizar. A hipótese é uma explicação possível em que o experimentador procura estabelecer uma relação de causa e efeito entre dois tipos de factos.

• Experimentação:
Esta etapa é um conjunto de observações realizadas, em determinadas condições controladas com o objectivo de testar a validade da hipótese formulada. Para tal, o experimentador, faz variar determinado factor externo, e verificar quais as alterações provocadas por essa variável no comportamento que se está a estudar. Podemos então distinguir e definir dois tipos de variáveis: variável dependente, e variável independente.
Variável dependente: é a variável que o investigador pretende avaliar, e depende da variável independente.
Variável independente: é a variável que integra um conjunto de factores, condições experimentais que são manipuladas e modificadas pelo investigador.


No decurso da experiência o investigador apenas faz variar apenas uma variável independente, para poder avaliar de que modo, diferentes valores, graus e intensidades essa variável afecta o comportamento.
Quando o experimentador planeia e desenvolve a investigação, este procura controlar todas as variáveis que o possam impedir de testar se a variável independente influencia efectivamente a variável dependente. O investigador tem de ter conta o contracto da situação, bem como as características das atitudes do sujeito e os efeitos do experimentador, bem como as variáveis externas. Estas são variáveis estranhas ou parasitas, e constituem as variáveis que o experimentador não considerou na hipótese. Este tipo de variável afecta o resultado de toda a experiência, daí que seja conveniente elimina-las e neutraliza-las, para se assegurar que as respostas dos sujeitos só dependam da variável independente. Quando esta variável é impossível de eliminar, o experimentador tem de determinar a sua influência.
Muitas da vezes quando as pessoas cujo comportamento esta a ser estudado, sabem que são alvo de estudo, estas podem assumir comportamento que julgam ser os desejados, reagindo com o experimentador. Este por engano ou distracção, pode fornecer dados, informações ou sugestões.
Durante a prática experimental o experimentador recorre á constituição do grupo experimental e do grupo de controlo.
O grupo experimental é o que é sujeito ás mudanças da variável dependente.
O grupo de controlo experimenta as mesmas condições do grupo experimental, excepto na variação da variável independente. Este é utilizado como modelo padrão de comparação, que permite analisar o efeito da variável independente no grupo experimental.

A constituição dos grupos deve de ser homogénea, e tem de haver um controlo das características.
O experimentador quando estuda um determinado aspecto do comportamento, tenta descobrir as leis gerais que se aplicam a todos os membros que pretende compreender. Como tal, surge mais uma definição, de população.
População é o termo que designa todos os indivíduos que pertencem a um dado grupo.
Para tal o experimentador define, como:
Amostra, uma parte selecciona da população que a representa.
Deverá existir uma correspondência entre a estrutura da amostra e a estrutura da população.

Generalização
A generalização é então a última etapa do método experimental e também uma das quais é necessário uma maior rigor, na medida em que é nesta etapa que é feita uma generalização dos resultados obtidos no grupo de indivíduos sujeitos à experiência (amostra) a toda a população a que se refere a investigação. Esta generalização deve ser feita com o maior rigor e prudência para que não ocorram erros.
Em suma, o método experimental seguiu-se ao método introspectivo, após o mesmo ter sido rejeitado, e consiste em três fases fundamentais: hipótese prévia, experimentação e generalização. Apesar do sucesso e muito completo, o método experimental apresenta também as suas limitações:

• Dificuldade em isolar a variável independente;
• Dificuldade em controlar as atitudes e expectativas do sujeito;
• Dificuldade em neutralizar os efeitos do experimentador.
Além destas críticas temos também as questões éticas que se colocam com a utilização deste método, a partir do momento em que a sensibilidade física e psíquica dos indivíduos é posta em risco. Para colmatar estas questões recorre-se a experiências evocadas, ou seja, em vez de se criar uma situação para analisar determinado comportamento recorre-se a situações já existentes, ultrapassando as questões éticas, mas continuando a aplicar este método.