Observação Naturalista

Descrição 
  • Observação sistemática do comportamento humano e animal conforme ocorre natural e espontaneamente no seu meio habitual. É também designada como observação ecológica.
  • Há dois modos ou duas técnicas de observação naturalista: 
  1. Observação não participante - o observador não interfere nem se envolve nas actividades que observa. É muito frequente a observação não participante ser observação oculta (ver sem ser visto);
  2. Observação participante – o observador integra-se nas actividades do grupo que observa, mas os sujeitos observados não devem saber que estão a ser objecto de estudo.
Vantagens
  • O comportamento dos sujeitos observados é, em princípio, mais natural, espontâneo e genuíno do que em contexto laboratorial, mas é afectado pela inibição e ansiedade que este provoca.
  • O ambiente e a situação não são determinados pelo psicólogo. Não há manipulação de variáveis, embora se pretenda controlar as variáveis não relevantes para o que se pretende estudar. Tudo isto contribui para a naturalidade da observação.
  • É de grande utilidade no estudo do comportamento de espécies que não se adaptam a condições laboratoriais.
  • Pode ser utilizada em situações nos quais o método experimental (ou outro) não é apropriado.

Exemplo:

  • O estudo da relação entre o comportamento dos automobilistas e os acidentes rodoviários
Limitações
  • As observações naturalistas são de muito difícil replicação.
  • O controlo das variáveis estranhas é reduzido, pelo que não se podem estabelecer relações causa-efeito: as conclusões são suposições.
  • Quando há só um observador – o que geralmente acontece – é difícil verificar a autenticidade e fidelidade dos factos.
  • Se os participantes têm consciência de que estão a ser observados, o seu comportamento será menos natural; se não sabem que estão a ser observados e o seu comportamento não é público, podem colocar-se problemas éticos que invalidam a observação (violação da privacidade).